10 de janeiro de 2015

CURIOSIDADE: A CULINÁRIA DO EGITO ANTIGO

Localizado no norte do continente africano, o Egito é um país famoso por possuir as milenares e famosas Pirâmides de Gizé e o segundo rio mais extenso do mundo, o Nilo. A sociedade Egípcia é também uma das mais antigas que sem tem notícia, sendo já na antiguidade muito organizada de forma hierárquica, o que na época não era  justo mais funcionava.

A alimentação do antigo povo egípcio consistia basicamente em pão, cerveja, legumes, frutas e carnes de animais domésticos, caça e pescado, estes dois últimos eram mais raros e caros. Assim como hoje, a alimentação era dividida por classes sociais, ou seja, a elite e o governo tinham melhor acesso a alimentos como a carne, e os camponeses e trabalhadores sobreviviam apenas com a alimentação básica de pão e cerveja.

Casal nobre comendo algo parecido com baklava, uma espécie de pastel doce
recheado de nozes trituradas ainda consumido na região.
O pão egípcio era feito a partir de um tipo de trigo chamado Emmer, estudos relatam que também utilizavam cevada para o seu preparo. A cerveja, que não era nada parecida com a de hoje, era semelhante a um mingau fermentado, feita do próprio pão de cevada lavado, escoado e deixado para fermentar, era fonte de proteínas, minerais e vitaminas e se chamava "henequet". O curioso é que tanto o pão como a cerveja eram cheios de pequenos grãos de pedras, devido ao processo de moagem das sementes de trigo e cevada entre duas pedras para obtenção da farinha, fato evidenciado por achados arqueológicos onde os dentes encontrados nas ossadas são extremamente danificados, principalmente daqueles encontrados em tumbas direcionadas aos pobres, que consumiam menos carne que os ricos e faraós.

A agricultura do povo egípcio era favorecida pelo fabuloso Rio Nilo e os vegetais como cebolinha verde, alho, pepinos, fava, lentilha, tubérculo de papiro e outros, entravam como complemento do pão e da cerveja, algumas frutas presentes eram as tâmaras, figo, pomo, romã e amêndoas.

As carnes eram oriundas de animais como gansos, carneiros, porcos e peixes; muitas vezes eram meio de pagamento e comida especial de grandes festas e cerimônias fúnebres. Há relatos do consumo de vinho, azeite, mel e especiarias como salsa, tomilho, cominho branco e preto, erva-doce, manjerona e hortelã que são NATIVAS da região.

No papiro de Ebers datado de 3400a.C, existe uma prescrição dietética que até então é a mais antiga conhecida, que diz o seguinte: por isso foram instalados postos com suas funções atribuídas para fornecer nutrição e todos os alimentos... Tudo tem que ser obtido dos mesmos, alimento, nutrição ou gêneros para os deuses e tudo que for bom para satisfazer suas necessidades alimentares”.

Os antigos egípcios realizavam três refeições diárias: a primeira refeição do dia era composta por frutos, a do meio que geralmente era realizada fora do lar, muitas vezes no trabalho, continha carnes, pão, vinho, cerveja e frutas, e a terceira e principal ocorria no final da tarde e tinha carne de ganso assada. Obviamente nem todos tinham acesso a essa variedade.

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